quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Chegada de Santos Dumont - 1904

Um dia, foi um alvoroço na cidade. Foi a chegada do nosso grande Santos Dumont em 1904. Ia se exibir na praça das carretas, ia subir num balão cheio de gás. Para os Pelotenses isto era uma grande novidade, pois nunca se ouviu falar, e nem se viu coisa igual. E como apareceu povo. Nem se podia se mexer de tanta gente. Quando chegou a hora, começaram a encher o balão, e foi ficando grande, enorme, ficou mais ou menos, se posso me lembrar, com 8 ou 10 metros de altura e uns 4 de circunferência (pode ser menos). O povo todo, numa expectativa e curiosidade muito grande da espera do fenômeno. Quando estava bem cheio, começou a subir e embaixo tinha uma cesta pendurada aonde se achava dentro o astronauta, e começou a subir cada vez mais, e o povo com ansiedade nos olhos e já muitos julgando que ia explodir. Já ia bem alto, e o povo a acenar e dar vivas. Lá se ia o balão e o astronauta a dar adeus ao pôvo. Desapareceu pelas bandas da Fragata, aonde desceu, o pôvo tinha o que comentar, e os jornais tinham notícia para semana inteira. E assim sumiu-se o balão e nós fomos para casa, todos emocionados da grande proeza de Santos Dumont.

A morte da minha avó




As vezes tinha passagens triste, minha tia, telefonou que a avó paterna (que morava com ella) tinha ficado ruim e era para a mamãe ir imediatamente. Eu fui com ela, coitada da vó, estava mesmo ruim já vi que era o fim. Também, estava com 86 anos, e nunca tinha ficado doente. Mamãe com a tia, passaram a noite na cabeceira della, que estava agonizante. De manhã as 9 horas entregou sua alma  a Deus. Era uma pessoa bôa e nobre, gostava muito dela. Todos nós a estimávamos muito. Ficamos muito tristes e eu achei que tinha que por luto. Mamãe achou que éramos muito crianças e não pusemos. Mamãe e tia puseram, achei que ficava muito triste.