terça-feira, 12 de julho de 2011

O trabalho da mamãe

Minha mãe tinha muito o que fazer, o dia inteiro. Ficou muito conhecida e todos a procuravam muito. Nunca me esqueço que fez um contrato com uma companhia franceza que vieram a Pelotas, Rio Grande do Sul, fazerem a barra do Rio Grande, em Monte Bonito em Pelotas (?) tinha uma pedreira enorme e iam explorá-la, para levarem ao Rio Grande. Sei dizer que entre os engenheiros, e suas famílias, tinha entre empregados e suas famílias umas mil e quinhentas pessoas entre todos, formaria um núcleo de umas rês mil pessoas e contrataram minha mãe para atender os doentes que precisassem dos seus serviços. A distância da cidade até o núcleo era mais ou menos ums dezessete kilometros e ella tinha que atender se viessem chamá-la, tivesse o melhor freguez esperando por ella, tinha que deixar tudo e ir atender. Nunca me esqueço que num destes chamados eu fui com ella e que viagem horrível pois desabou um temporal horrível. Com um estrondo de um raio, o cavalo assustou-se e deu uns pinotes que quase nos jogou do carro. Era um carro puxado a cavalo. Naquele tempo não tinha auto. Sei dizer que quase quebrei o braço. Mamãe felizmente não sofreu nada senão a perda de um litro de soro que fez muita falta.

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