quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A poliomielite e a estadia na casa dos avós

Porto Alegre - 1870

Reminiscência do meu passado e presente.

Nós éramos uma família de 8 pessoas, meu pai, minha mãe, 5 irmãs e um irmão. Não tenho muita lembrança do meu pai, pois quando morreu eu tinha apenas 7 anos. Sei que ele era gerente de uma grande livraria . Era muito bem quisto dos seus superiores. Vivíamos felizes.
Lembro-me que um dia dei um susto aos meus pais pois fiquei doente. Não lembro-me bem o que foi só sei que quando levantava, não podia caminhar direito. Hoje eu diria que fôsse piomolite (entenda-se poliomielite), mas não devia de ter sido muito forte porque conseguia caminhas, mas sempre caindo. Me lembro que vinha o médico.
Sei que no final de um ano já andava melhor. Resultado foi que meu pai levou-me para a casa dos meus avós que moravam no interior de Porto Alegre, num sítio muito bonito entre montes e vales. Meus avós maternos muito queridos, não sabiam o que fazer para me adularem. Fiquei um ano lá. Fiquei robusta, forte e corada, vendia saúde. Meu avô tinha um moinho no qual muitos sustos dei a elles, pois, eu parecia uma cabrita, não parava o dia inteiro a correr pelos campos e no meio das rodas do moinho.
Um dia tive uma surpresa quando chego em casa, quem apareceu na minha frente, o meu querido pai que vinha me buscar. Ficou contente de ver-me tão forte, abraçava-me, beijava-me, deu-me um pacote de bala de peixinhos que sabia que eu gostava muito. Dois dias depois estávamos viajando de volta.

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